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terça-feira, 27 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Poema ao Professor-Jarluse Maria de Moura (por Alison)

Acorda cedo, sai às pressas
para chegar na hora certa,
ele é o professor.

Na escola ele ensina:
Geografia, Português,
Matemática, História, Inglês
e espera o resultado
em ver todos aprovados.

Ele é o professor.

Se dedica com amor
à profissão que abraçou,
pois desde cedo queria
ter um espaço na vida
e ser um grande professor.

Aqui fica o meu recado,
por tudo, muito obrigado,
pelo que foi ensinado
por você, meu professor.

As duas flores-Castro Alves(por Alsion)

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.


Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.


Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.


Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Acordar é viver-Carlos D. de Andrade(por Alison)

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?

Ninguém responde, a vida é pétrea.

4º Motivo da rosa -Cecília Meireles(por Alison)

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só de cinzas franzidas,
mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

LINDA ROSA maria gadú (BÁRBARA)

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

PRA VC QUARDEI O AMOR nando reis(Bárbara)

Pra voce guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive
E vi sem me deixar
Sentir
Sem conseguir
Provar
Sem entregar
E repartir
Pra voce guardei
O amor
que sempre
Quis mostrar
O amor
Que vive
Em mim
Vem visitar
Sorrir

Vem colorir
Solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher
O que ele
Tem e traz
Quem entender
O que ele diz
No giz do gesto
O jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite
Do silêncio
Exibe
Em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão

Ou coisa outra
Qualquer
Além
De não saber
Como fazer
Pra ter
Um jeito
Meu
De me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação nenhuma
Isso requer
Se o coração
Bater forte
E arder
No fogo
O gelo
Vai queimar

Pra você
Guardei
O amor
Que aprendi
Vem dos meus pais
O amor
Que tive
E recebi
E hoje posso dar
Livre e feliz
Céu cheiro e ar
Na cor que
Arco iris
Risca ao levitar
Vou nascer
De novo
Lápis

Edifício
Te ver e
PonteDesenhar
No seu quadril
Meus lábios
Beijam
Signo
Feito
Sinos
Trilho
A infância
Teço o berço
Do seu lar

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Figuras de Linguagem(por Alison)

Figura de linguagem

Figuras de linguagem (Brasil) ou figuras de estilo / figuras de Retórica (Portugal) são estratégias que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. São formas de expressão mais localizadas em comparação às funções da linguagem, que são características globais do texto. Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas.

Por exemplo:

• tentei dizer mais de um milhão de vezes! (Exemplo de hipérbole)
Embora haja mais de uma maneira de classificá-las, as figuras de linguagem podem ser divididas em:

Figuras de palavras (figuras semânticas ou tropos) e/ou figuras de pensamento:

• Alegoria
• Antífrase
• Antítese
• Antonomásia ou perífrase
• Apóstrofe
• Catacrese
• Comparação por símile
• Comparação simples
• Disfemismo
• Eufemismo
• Enumeração
• Matiazite
• Gradação
• Hipálage
• Hipérbato
• Hipérbole (oposto de Litotes)
• Ironia
• Litotes (oposto da Hipérbole)
• Metáfora
• Metalepse
• Metonímia (ou sinédoque)
• Onomatopéia
• Paradoxo
• Personificação (ou prosopopeia)
• Sinestesia
• Oximoro

Figuras de construção (ou figuras sintáticas):
• Aliteração
• Anacoluto
• Anadiplose
• Anáfora
• Analepse (oposto de Prolepse)
• Assíndeto
• Assonância
• Circunlóquio
• Clímax
• Diácope
• Elipse
• Epísexotrofe
• Epizêuxis
• Inversão ou Hipérbato
• Paranomásia
• Pleonasmo
• Polissíndeto
• Prolepse (oposto de Analepse)
• Sínquise
• Silepse
• Zeugma
• Zoomorfização (ou Animalização)

Figuras de linguagem mais usadas

Paradoxo & Antítese

Paradoxo é a aproximação de palavras contrárias.
• Ex: Já estou cheio de me sentir vazio.
Antítese consiste na exposição de palavras contrárias.
• Ex: Ele não odeia, ama.
Na explicação do professor Paulo Hernandes fica evidente a diferença entre estas duas figuras de linguagem frequentemente confundidas:
"Como podemos ver, na antítese, apresentam-se idéias contrárias em oposição. No paradoxo, as idéias aparentam ser contraditórias, mas podem ter explicação que transcende os limites da expressão verbal.

Catacrese

É a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum.
• Ex: Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.
Comparação
Como o próprio nome diz essa figura de linguagem é uma comparação feita entre dois termos com o uso de um conectivo.
• Ex: O Amor queima como o fogo

Metáfora

É uma comparação feita entre dois termos sem o uso de um conectivo.
• Ex: Eu sou um poço de dor e estupidez.
Disfemismo ou Cacofemismo
É uma figura de estilo (figura de linguagem) que consiste em empregar deliberadamente termos ou expressões depreciativas, sarcásticas ou chulas para fazer referência a um determinado tema, coisa ou pessoa, opondo-se assim, ao eufemismo. Expressões disfêmicas são freqüentemente usadas para criar situações de humor.
• Ex: Comer capim pela raiz

Hipérbole ou Auxese
É a figura de linguagem que consiste no exagero.
• Ex: "Rios te correrão dos olhos, se chorares!"
Metonímia ou Transnominação
É a figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles. Definição básica: Figura retórica que consiste no emprego de uma palavra por outra que a recorda.
• Ex: Lemos Machado de Assis por interesse. (Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral.)
Personificação ou Prosopopéia (no Brasil, apenas Prosopopéia)
É uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.
• Ex: O Sol amanheceu triste e escondido.
Perífrase

Consiste no emprego de palavras para indicar o ser através de algumas de suas características ou qualidades.
• Ex: Ele é o rei dos animais. (Leão)
• Ex: Visitamos a cidade-luz. (Paris)
Ironia
Consiste em apresentar um termo em sentido oposto.
• Ex: Meu irmão é um santinho (malcriado).
Eufemismo
Consiste em suavizar um contexto.
• Ex: Você faltou com a verdade (Em lugar de mentiu).


Elipse

é a supressão de uma palavra facilmente subentendida. Consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante.
Exemplos
• Na oralidade, quando alguém serve chá pode perguntar "com ou sem açúcar?" - ainda que a frase não explicite que se está a referir ao chá, o próprio contexto serve para esclarecer o seu sentido.
• "No mar, tanta tormenta e tanto dano." (em "Os Lusíadas" de Camões) - onde se omite o verbo "haver", ainda que seja óbvia a intenção do autor.
• João estava com pressa. Preferiu não entrar. (Ele, João, preferiu não entrar)
• "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados" (Machado de Assis)
• Quanta maldade na Terra. (Quanta maldade há na Terra)
• "O colégio compareceu fardado; a diretoria, de casaca." (R. Pompéia)
• Risco de vida. (Risco de perder a vida)
Elipse: Segundo o Tito, elipse é anisocronia resultante do fato de o narrador excluir do discurso determinados acontecimentos diegéticos, dando assim origem a mais ou menos extensos vazios narrativos. A elipse é um processo fundamental da técnica narrativa, pois nenhum narrador pode relatar com estrita fidelidade todos os pormenores da diegese.

Zeugma e a colocação da vírgula

Quando omitimos um termo, a posição do constituinte elido é, na língua escrita, assinalado por uma vírgula. A expressão em negrito, ou sua cognata, é omitida. Nota-se que a forma suprimida pode não coincidir morfologicamente com o seu antecedente (no ex. 1., a seguir o antecedente é a forma verbal "gosta", ao passo que a forma omitida e subentendida, é "gosto". Daí a observação acima de que o constituinte omitido pode não coincidir formalmente com a forma expressa (em gênero, pessoa ou tempo) e sua antecedente, podendo ser uma forma "cognata", ou "semelhante". O tipo de semelhança que o zeugma consente é uma questão lingüística mais geral.
"Ela gosta de história; eu, de física."
"Mas, ser planta, ser rosa, mão vistosa,/ De que importa, se aguardar sem defesa,/ Penha a mão, ferro a planta, tarde a rosa?" (Gregório de Matos)
Na terra dele só havia mato, na minha, só prédios.
Meus primos conheciam todos. Eu, poucos.
As quaresmas abriam a flor depois do carnaval, os ipês, em junho.
Eu gosto de futebol; ele, de basquete.
Em casa eu leio jornais; ela, revistas de moda.
Contudo, o zeugma é a omissão de um termo já citado anteriormente que não vai mudar o sentido da frase por conta da omissão.
Diferença entre zeugma e elipse
No zeugma, o termo omitido já foi mencionado anteriormente. Na elipse o termo ainda não foi mencionado. Esta distinção corresponde a uma interpretação tradicional destes conceitos. Em termos modernos, elipse é o fenômeno linguístico geral que compreende como caso particular o zeugma ou a "elipse" no sentido restrito para que remete a definição mais acima.
Pleonasmo

Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.